BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO (01/06/2020)
Mapa casos confirmados da Covid-19 nos povos indígenas no Maranhão (09.07.2020)
No último dia 20 de julho de 2020, publicamos nosso Boletim Epidemiológico Completo, com dados atualizados até 09 de julho do ano corrente. Tomamos como base os boletins epidemiológicos das Secretarias Municipais de Saúde de 11 municípios do estado do Maranhão que incidem sobre terras indígenas e que registram em seus boletins os casos indígenas da Covid-19. No boletim anterior, de 29 de junho de 2020, eram apenas 9 municípios. Neste trazemos dados de dois municípios antes não mencionados: Centro do Guilherme e Maranhãozinho, incidentes sobre a TI Alto Turiaçu, com casos confirmados entre o povo Ka’apor. O mapa que apresentamos foi elaborado pelo prof. Fredson Anderson Brito de Castro, membro do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) do IFMA/Campus Coelho Neto que, utilizando os dados da Rede (CO)VIDA, elaborou a Distribuição Espacial dos casos confirmados da Covid-19 nos povos indígenas do Maranhão. Nele aparecem dados quantitativos do número de casos confirmados da Covid-19 em 11 Terras Indígenas do estado e também o número de casos indígenas por município, retratando o aumento do número de casos notificados do novo coronavírus nessas áreas. As TIs que aparecem no mapa são aquelas já demarcadas, com base no dados do IBGE de 2019. Cabe destacar que existem povos que ainda não possuem territórios demarcados, como os Gamela, os Tremembé da Raposa e os Tremembé do Engenho. Os municípios onde estão situados esses povos não fazem menção dos casos indígenas em seus boletins. Além disso, a Sesai notifica apenas os casos dos indígenas aldeados e, desta forma, justifica o não atendimento a esses povos. Reiteramos que, dos onze municípios que registram casos da Covid-19 em povos indígenas, apenas o município de Amarante do Maranhão traz esses registros por TI, a exemplo das TIs Arariboia e Governador, mas sem especificar o povo. A qualificação dos dados, bem como a organização dos mesmos por TI e povo, tem sido uma estratégia da Rede (CO)VIDA no intuito de visibilizar as especificidades dos povos.